Imagem: Feira Roubato de Acari. Foto O Globo |
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Fascinante história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira original e pungente, na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens. Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves, é um belo romance histórico, de leitura voraz, que prende a atenção do leitor da primeira à última página. Uma saga brasileira que poderia ser comparada ao clássico norte-americano sobre a escravidão, Raízes.
Vencedor do prestigioso Prêmio Casa de las Américas e incluído na lista da Folha de S.Paulo como o sétimo entre 200 livros mais importantes para entender o Brasil em seus 200 anos de independência, Um defeito de cor conta a saga de Kehinde, mulher negra que, aos oito anos, é sequestrada no Reino do Daomé, atual Benin, e trazida para ser escravizada na Ilha de Itaparica, na Bahia.
No livro, Kehinde narra em detalhes a sua captura, a vida como escravizada, os seus amores, as desilusões, os sofrimentos, as viagens em busca de um de seus filhos e de sua religiosidade. Além disso, mostra como conseguiu a sua carta de alforria e, na volta para a África, tornou-se uma empresária bem-sucedida, apesar de todos os percalços e aventuras pelos quais passou. A personagem foi inspirada em Luísa Mahin, que teria sido mãe do poeta Luís Gama e participado da célebre Revolta dos Malês, movimento liderado por escravizados muçulmanos a favor da Abolição.
E a Portela vai embarcar nos Porões dessa Viagem em 2024, para mostrar quem de fato tem defeito.
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Luiz Carlos dos Santos. Morro de São Carlos. A vida e a obra de Luiz Melodia
Publicado por Beth MunizIvan Lins, MPB4 e João Bosco |
Imagem: Aroeira |
Chico, Marieta Severo e Vinícius de Moraes |
Lançado na plataforma Vimeo, 'Me Cuidem-se - Um Filme-processo' sai na frente para refletir - em ambos os sentidos - sobre nossa vida no isolamento social.
Me Cuidem-se - Um Filme-processo dura 30 minutos e se apresenta como um work in progress rumo a um futuro longa-metragem. A iniciativa partiu dos cariocas Bebeto Abrantes e Cavi Borges, empenhados em produzir cultura dentro das limitações impostas pelo isolamento social. O filme vem sendo feito sem qualquer contato presencial entre personagens e equipe.