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Vozes guardadas

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Todo poema é um bilhete, uma carta, uma seta.
Todo poema é uma visão, um aviso, um pedido, uma conversa.
Todo poema é um sinal de perigo, socorro, promessa.
Todo poema pode ser um convite, um alfinete, um beijo,
um estilete.

Todo poema é fome, banquete, destino e meta.
Eu, pra todo lado que miro, vejo a bagunça,
a farra dos inéditos, a festa.
Está tudo em mim pelas bordas,
e só Deus sabe do disse me disse no interior das gavetas!

Multidões de vozes me habitam com desenvoltura,
invadiram estradas, linhas, cadernos, partituras.
São tribos que vêm com seus alforjes,
são sonhos de literatura,
são palavras que aproveitam e fogem,
são verbos do norte que vieram da loucura,
são letras cotidianas que traduzem a experiência do viver,
são rebanhos de incertezas que migram para as rimas para vencer
são lágrimas de dor e beleza,
que se fizeram guerreiras antes de escorrer.

Posso sempre

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Mudar o ângulo de cada palavra, alterar a rota da disposição carnal para o bem maior, limpar ingerências autoritárias e transportá-las ao tom das árvores, criar campos verdes de solidão acompanhada. 

Posso transformar-me em ser mais feroz que toda moral.

Andar pelas chuvas torrenciais e burocráticas das salas de decisão política. Posso, e de repente, frutos e suspiros passeiam em meus seios – nos seios de uma mulher escorrega o mundo. Posso recuperar alguns mortos, algumas montanhas de passado e margaridas de pintores. Também dar adeus à realidade e pisar nos sonhos de um gato mosaico, muito mais que sete vidas. Posso deter o olhar aos prazeres como para a felicidade, nunca sem esquecer aos pobres mortos de todos os dias.

Esmiuçar o coração de todas as coisas e observar o cair das mãos sobre mim. Voltar ao estado da variação solar-lunar, fazer girar os pés em cima da cadeira e daqui de cima cuidar das flores e ventanias, alcançar estrelas com golpes de mãos elásticas, depois abrir a porta de casa e espelhar ao mundo isso que caço todas as manhãs. Posso fazer voar todas essas recolhidas flores e estrelas e ser mais rápida que a violência. Conhecer as almas que se esmorecem e se entregam para falar a vida. 

Posso engolir mariposas e soprar todas essas intempéries.  

*****
por Maíra Vasconcelos
GGN - O Jornal de Todos os Brasis

Moinho de inventos

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Saideira...

"saia do sério
saia da linha
saia de si
saia de tudo
só não saia de mim"
*****

No tamanho este é um livrinho, mas no valor é um livrão. Ou seja, esta obrinha é um obrão. O autor é uma figura da linguagem, um cabra que é cobra, um cobrão. Nos poemicros, microcontos e ensaios de haicai deste seu terceiro livro, ele faz trocadilhos de tudo: secos e molhados, alhos e bugalhos, o baralho a quatro. A paródia inventiva, brincante, transborda no desmonte e remonte de palavras e ideias, numa bricolagem de achados e achismos sobre todo tipo de temática. Comida, diversão e arte: um “mexidão” de prosa e poesia, saber e sabor.

Marcelo Torres
jornalista e escritor
****
Um livrinho livrão, que alimenta o bom humor e espalha risos.
Excelente sacada!
Quer mais Moinhos? Aqui, tem.

Cora Coralina: Venho do século passado. Sou mais doceira e cozinheira

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A primeira matéria sobre Cora Coralina publicada fora do estado de Goiás. A poetisa só se tornou famosa nacionalmente depois que Carlos Drummond de Andrade publicou uma matéria sobre ela no Jornal do Brasil, em 1979.

Os poemas vieram depois da Semana de Arte Moderna, em 1922, quando as rimas passaram a ser dispensáveis. E foi a poesia que a tornou conhecida. Seu primeiro livro, “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”, só foi publicado em 1965, pela José Olympio Editora, tendo custado a ela uma casa que tinha no interior.

Os poemas vieram depois da Semana de Arte Moderna, em 1922, quando as rimas passaram a ser dispensáveis. E foi a poesia que a tornou conhecida. Seu primeiro livro, “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”, só foi publicado em 1965, pela José Olympio Editora, tendo custado a ela uma casa que tinha no interior.

*****

Venho do século passado.
Pertenço a uma geração
ponte, entre a libertação
dos escravos e o trabalhador livre.
Entre a monarquia
caída e a república
que se instalava.
Todo o ranço do passado era
presente. A brutalidade,
a incompreensão, a ignorância.
Os castigos corporais.
Nas casas. Nas escolas.
Nos quartéis e nas roças.
A criança não tinha vez.
Os adultos eram sádicos
e aplicavam castigos humilhantes.

*****
... Infelizmente, pouca coisa mudou, embora o Século tenha mudado.
*****
Fragmento da entrevista com Cora, em 1979, feita por Drummond, e resgatada por Mouzart Benedito, no Blog da Boi Tempo.

No tom... Do tom, de Tom Jobim.

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No dia de hoje o Maestro Antônio Carlos Jobim, compositor carioca das mais belas Canções da Bossa Nova completaria 90 anos.

Falar mais pra que?

Melhor ouvir e curtir...

*****

Pela Luz Dos Olhos Teus

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar

Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar

Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar 
(...)

(Tom Jobim)




Esperança

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"Saúdo-te, esperança, tu que vens de longe, inundas com teu canto os tristes corações, tu que dás novas asas aos sonhos mais antigos, tu que nos enches a alma de brancas ilusões.

Saúdo-te, Esperança. Tu forjarás os sonhos naquelas solitárias desenganadas vidas, carentes do possível de um futuro risonho, naquelas que inda sangram as recentes feridas.

Ao teu sopro divino fugirão as dores como tímido bando de ninho despojado, e uma aurora radiante, com suas belas cores, anunciará às almas que o amor é chegado".

Pablo Neruda, poeta chileno

(1904-1973)

*****



Chile, 1948. A chamada Lei Maldita do governo de Gabriel González Videla está a todo vapor para prender os militantes comunistas. Entre eles, o poeta Prêmio Nobel, Pablo Neruda, que começa a ser perseguido incansavelmente pelo inspetor Óscar Peluchonneau.

Data de lançamento: 15 de dezembro de 2016 (Brasil).

Não venhas!

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Carolina Noémia Abranches de Sousa. 

Conta a lenda, verdadeira, que ela só precisou escrever 46 poemas para tornar-se reconhecidamente a “mãe dos poetas moçambicanos".

Noémia de Sousa colaborou com “O Brado Africano”, jornal da resistência, durante três anos, de 1948 a 1951; do esforço nasceu inspiração para a densa poesia. Nunca mais versejou.

A mulher incansável que cresceu em um ambiente de reivindicação, que militava de dia e distribuía panfletos à noite com João Mendes, que escrevera cartas subversivas, que redigira artigos cortados pela Censura, que conspirava, não escapou a um processo que a condenou à prisão.

Refugiou-se em Lisboa com a “geração da utopia” sondando as independências. Circulou com a nata da intelectualidade africana em Portugal até ser perseguida pela ditadura e optar por novo exílio, desta vez na França.

Com uma filha às costas, Virginia Soares (Gina), saltou a fronteira, galgou os Pirinéus e alcançou a liberdade. Estava casada, desde 1962, com o poeta Gualter Soares.

Nunca deixou a vida a levar como quisesse, lutou muito. Em 1973 retornou a Portugal, para ocupar uma vaga de trabalho na Reuters. Não sabia que a Revolução estava batendo à porta, com cravos.

Trinta e três anos depois de deixar Moçambique, retornou à casa materna. Foi um reencontro inundado em lágrimas, tudo faltava no país naqueles anos 1980. Dedicou um verso àsua fé no futuro:
“Um dia o sol inundará a vida e será como uma nova infância raiando para todos”.

Noémia de Sousa, contam os íntimos, fazia feijoada e sarau de Carlos Drummond de Andrade, em uma brasileirice que adotou com gosto.

Finalmente seus poemas, reunidos no livro “Sangue Negro”, chegam ao Brasil em belíssima edição da Kapulana Editora, com ilustração de Mariana Fujisawa, que, além de letras na USP, estudou na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, Moçambique, em 2014. Ilustrou livros da série “Vozes da África”, da Editora Kapulana.

Pemaulk, o mundo que encolhe...

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O dia 21 de fevereiro é o dia das línguas maternas.

A cada duas semanas, morre um idioma.

O mundo diminui quando perde seus humanos dizeres, da mesma forma que encolhe quando perde a diversidade de suas plantas e bichos.

Em 1974, morreu Ángela Loij.

Ángela Loij foi uma das últimas indígenas onas da Terra do Fogo, lá no fim do mundo, e a última que falava a sua língua.

Ângela cantava sozinha, cantava para ninguém, nessa língua que ninguém mais lembrava:

Vou andando pelas pegadas
daqueles que já se foram.
Estou perdida.

Nos tempos idos, os onas adoravam vários deuses.

O seus supremo se chamava Pemaulk.

Pemaulk significa palavra.

*****
Os Filhos dos Dias
Eduardo Galeano

*****

Foto: Ángela Loij na capa da revista National Geographic

Em que espelho ficou perdida a minha face?

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Retrato.

Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, 
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

 Cecilia Meireles





A Companheira

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Eu ia saindo, ela estava ali
No portão da frente
Ia até o bar, ela quis ir junto
"tudo bem", eu disse
Ela ficou super contente

Falava bastante,
O que não faltava era assunto
Sempre ao meu lado,
Não se afastava um segundo
Uma companheira que ia a fundo

(Luiz Tati)

Um ser totalmente explícito

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Chico é um homem totalmente explícito.

Explico: entorna lirismo que nasce de um sujeito masculino, feminino, heterossexual, homossexual, marginal...

Derrama o escondido, o camuflado, o cabotino, em torrentes caudalosas sobre nós.
Chico explicita os eus de nós da forma mais bela. Liricamente.

"Passas sem ter teu vigia/ Catando a poesia / Que entornas no chão"


DESENCONTRO

A sua lembrança me dói tanto

Eu canto pra ver
Se espanto esse mal
Mas só sei dizer
Um verso banal
Fala em você
Canta você
É sempre igual

*****
Odonir Oliveira
Para o GGN

Uma bela canção é criada a partir de aves empoleiradas em fios elétricos

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Talvez você já tenha visto o registro dos pássaros empoleirados em fios elétricos, como as do vídeo abaixo. 

*****

A imagem feita em 2009 pelo repórter fotográfico Paulo Pinto, de 49 anos, no interior do Rio Grande do Sul, foi publicado no jornal brasileiro “O Estado de São Paulo”, chamando a atenção do publicitário Jarbas Agnelli.

“Lendo o jornal uma manhã, eu vi esta imagem de pássaros sobre os fios elétricos”, conta Agnelli. 
Eu cortei a foto e decidi fazer uma música, usando a localização exata dos pássaros como notas. Fiquei curioso para ouvir que melodia as aves estavam criando”.

Quando a música ficou pronta, Agnelli procurou o Paulo Pinto, autor do clique, para contar o que tinha feito. Pinto ficou surpreso com a ideia do publicitário, uma vez que ele também tinha achado que as aves pareciam notas em uma partitura.

O fotógrafo contou ao Estado de São Paulo que enviou a imagem original à Agnelli, sem cortes. Faltavam oito pássaros na versão editada do jornal que ele havia usado, quatro no início e quatro no final, o que, segundo o publicitário, completou brilhantemente a melodia.

Para quem tem um olho atento, a natureza pode revelar seu potencial a todo instante. O belo está lá, mas um pouco de criatividade é necessária para que possamos enxergá-lo.

Confira a peça resultante da interpretação de Agnelli da posição das aves como notas musicais.

Pare um pouco para observar as aves e ouvir a música.


Fonte: HypeScience

Festa Literária

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Escritores de 21 países vão participar.

Começa nesta terça-feira, 3/10, a Festa Literária das Periferias (Flupp), a maior do país voltada para as comunidades. Este ano, o evento é realizado no complexo Babilônia/Chapéu Mangueira e vai até o dia  8 de novembro.

Participam da festa mais de 50 nomes da literatura mundial, como Alan Campbell (Escócia), Glenn Greenwald (Estados Unidos), Caryl Férey (França), Uwe Timm (Alemanha), Amyr Klink (Brasil) e Jean Wyllys (Brasil). 

Literários de 21 países vão ficar hospedados em hotéis e albergues da comunidade carioca.

O evento é o ponto alto de uma série de encontros que promovem a formação de autores, realizados ao longo do ano. 

A Flupp 2015, que está no calendário das comemorações pelos 450 anos do Rio, homenageia Nise da Silveira, primeira psiquiatra brasileira a rejeitar o confinamento dos pacientes e os eletrochoques.

Você pode conferir a programação completa da Flupp aqui.

*****
Fonte: EBC/Agência Brasil


O beijo da seca...

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Em um ponto de ônibus, em algum lugar de Brasília,

apesar do calor, da seca e da pouca umidade no ar,

A poesia se faz presente.

São poesias que colho pelo caminho

ao caminhar...

Todos os dias.

Na sétima noite da sétima lua...

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Os apaixonados.

Essa história começou quando os deusas, com inveja da paixão humana, castigaram Zin Nu, a tecelã, e seu amante de nome esquecido.

Os deuses cortaram seu abraço, que havia feito um de dois, e os condenaram à solidão.

Desde então, eles vivem separados pela Via Láctea, o grande rio celeste, que proíbe seu passo.

Mas uma vez por ano, e durante uma única noite, a sétima noite da sétima Lua, os desencontrados podem se encontrar.

As gralhas ajudam. Unindo suas asas, elas estendem uma ponte na noite do encontro.

As tecelãs, as bordadeiras e as costureiras da China inteira rogam para que não chova.

Se não chover, a tecelã Zin Nu se lança em seu caminho. A roupa que veste, e que logo desvestirá, é obra da maestria de suas mãos.

Mas, se chover, as gralhas não aparecem, no céu não haverá ponte que una os desunidos e na terra não haverá festa que celebre as artes do amor e da agulha.

*****
Os Filhos dos Dias.
Eduardo Galeano.

Uma parte de mim é todo mundo. Outra parte é ninguém

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Fundo sem fundo.

Uma parte de mim é multidão 
Outra parte estranheza e solidão 
Uma parte de mim, pesa

Pondera 
Outra parte, delira

Uma parte de mim almoça e janta 
Outra parte se espanta 

Uma parte de mim é permanente 
Outra parte se sabe de repente 
Uma parte de mim é só vertigem 

Outra parte, linguagem 

Traduzir uma parte noutra parte 
Que é uma questão de vida ou morte 

Será arte? 
Será arte?



Os 85 anos de Ferreira Gullar

Hoje é o aniversário de...

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Cora Coralina.


“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir”. 




Especial Cora Coralina

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Cidade de Goiás,

A imponente casa que se ergue à beira do Rio Vermelho chama a atenção de quem conhece a antiga capital do estado de Goiás. Tanto a cidade quanto a casa encantaram a menina que nasceu ali em agosto de 1889, mas não foram suficientes para a mulher em que ela se transformou. 

Para se livrar do conservadorismo imposto às mulheres à época, ela se desprendeu das raízes e deixou o lugar em que cresceu para buscar os seus sonhos.

A menina Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas se transforma, por sua vida e genialidade, em Cora Coralina, a poetisa de Goiás.



Coração vermelho, Cora Coralina

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A poetisa do cotidiano que nos deixou há 30 anos.

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“Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma”.

O verso acima nos traduz a trajetória de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, ou, simplesmente, Cora Coralina, nascida e criada às margens do rio Vermelho na antiga Vila Boa, hoje, cidade de Goiás, também conhecida como Goiás Velho.

A escritora e doceira goiana fizeram os primeiros escritos com apenas 14 anos. Viveu 45 anos em São Paulo, onde teve seis filhos. 

Depois da morte do marido, passou a vender livros e retomou a literatura e à cidade natal.

Escrevia com simplicidade e buscava entender seu papel na sociedade.

Fonte: EBC



As mais belas declarações de amor da literatura ocidental

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Ontem, eu concluí a leitura do livro “Jane Eyre”, de Charlote Brontë, irmã de Emily Bronte. E ao concluir, fiquei me perguntando por que demorei tanto a ler este livro?

O livro além de poético, nos leva a viajar pela Inglaterra de 1847, e nos revela que quando se trata das relações humanas, o ódio, o poder, a fortuna, a avareza, a exploração e dominação em relação às mulheres, a acumulação do capital, as intrigas, as manipulações, o dogmatismo religioso, o falso moralismo e a exploração do trabalho adulto e infantil, são coisas seculares.

Mas, ainda assim, há uma coisa comum que assola a todos, independente do século e das condições sociais e econômicas: O amor. O viver e o morrer por amor. E Jane Eyre soube conciliar com sabedoria estes sentimentos, em que pese a condição humana em que a personagem viveu.

Coincidência ou não, também ontem, li um artigo da Camila Nogueira, em que ela relaciona as “belas declarações de amor da literatura ocidental”. Confesso que algumas eu já conhecia. Outras, não. Então, resolvi compartilhar com vocês algumas delas. Espero que gostem.

*****

 - “Você era a encarnação graciosa de todas as fantasias que a minha mente alguma vez concebeu.”.

Noites Brancas, Dostoiévski

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