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EXCLUSIVO: CONHEÇA OS CABEÇAS DA BANCADA DA BALA

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Contando com mais de 240 deputados e ampla capilaridade nos principais partidos da Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como bancada da bala, é uma das maiores do Congresso Nacional. O grupo conta com uma sólida estrutura interna, organizada em coordenações regionais e institucionais. Nesse sistema, alguns membros-chave têm mais influência sobre as decisões internas do bloco. 


Ao todo, 47 deputados formam o corpo organizacional da bancada da bala. O PL, principal partido da oposição, é majoritário. Alguns dos parlamentares, porém, são mais ativos nos debates na Câmara, com ênfase na Comissão de Segurança Pública, ambiente onde a frente parlamentar exerce maior influência.

Levantamento exclusivo do Awire, projeto do Congresso em Foco sobre segurança pública no Legislativo, mostra quais são os quadros mais influentes da bancada da bala nas duas Casas.

Nem todos os integrantes da frente conseguem transformar atividade intensa em influência. Pelo contrário: o perfil afrontoso de grande parte dos membros da bancada da bala chegou, em alguns momentos, a comprometer o próprio andamento de suas próprias atividades. É o caso, por exemplo, da recusa por parte do ex-ministro da Justiça Flávio Dino a comparecer em uma das audiências para as quais foi convocado.

Veja quem são os principais líderes da bancada pró-armas na Câmara:

Sanderson (PL-RS)

Alberto Fraga (PL-DF)

Paulo Bilynskyj (PL-SP)

Marcos Pollon (PL-MS)

Capitão Augusto (PL-SP)

Caroline de Toni (PL-SC)

Ismael Alexandrino (PSD-GO)

Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

Magno Malta (PL-ES)

Leia mais no site do Congresso em Foco

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LUCAS NEIVA

PROJETO AWIRE 

Em 07.02.2024

A CPI da cruzada contra crianças vítimas de estupro

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Por Portal Catarinas

O Catarinas reforça o seu compromisso com a defesa dos direitos fundamentais da menina violada e de todas as crianças vítimas de estupro de vulnerável: todas elas são ameaçadas e perseguidas por esta CPI.



52.797 mil mulheres foram vítimas de estupro no Brasil somente em 2021, 71,7% delas (37.872) meninas e adolescentes com idades de até 14 anos. Mas de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, os casos que chegam às autoridades representam apenas 10% do total. Meninas e mulheres se calam, e não é por mero acaso que elas temem denunciar as violações e reivindicar justiça. O descrédito e o julgamento social sofridos por vítimas de estupro é permanente e documentado. Um exemplo recente e cruel é o requerimento para instauração da “CPI do Aborto”, subscrita por metade do parlamento catarinense para apurar, entre outras questões, se o aborto legal garantido a uma menina de 11 anos, vítima de sistemática violação, foi “realizado ilegalmente sob a falsa comunicação de crime”. 

Assinado por 21 deputados e deputadas, o requerimento que pede a instauração de inquérito parlamentar também busca apurar se o procedimento “foi realizado legalmente ou se houve cometimento de crime”, como se o aborto não fosse um direito das vítimas em casos de estupro e risco à vida. Os alvos do pedido são a defensora da menina, a equipe médica que realizou o procedimento e as jornalistas que tornaram público o modo como o caso foi tratado por agentes do sistema de justiça. Sabemos, no entanto, que também são alvo todas as meninas e mulheres vítimas de violência que têm direito ao aborto legal. 

O aborto em caso de estupro e em caso de risco à vida da gestante é um direito garantido pelo Código Penal de 1940, em seu artigo 128. A gravidez de todas as crianças e adolescentes de até 14 anos é sempre considerada por lei resultado de uma violência sexual, além de representar um grande risco a suas vidas. Porém, a falta de informação sobre o direito, o tabu, o estigma e a criminalização, fazem com que a maior parte das vítimas que engravidam não acesse o procedimento. 

Para se ter ideia do contingente dessa população a quem é negado o direito, cerca de 26 mil nascidos vivos são gerados ao ano por pessoas de até 14 anos. Todas essas meninas e adolescentes teriam direito ao procedimento legal, mas em 2021, somente 131 delas o acessaram legalmente em ambiente hospitalar. Estamos falando de um grupo social que tem seus direitos violados por uma lógica capitaneada por grupos políticos que buscam no controle dos corpos das meninas e mulheres uma razão para justificar sua própria manutenção no poder a saltos longos por cima das nossas existências.

Novamente: mais de 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e não há como negar sua condição de vítimas, a maioria violada por pais, padrastos ou pessoas muito próximas, como no caso da menina de Santa Catarina. E independentemente da idade do violador, são sempre vítimas de estupro de vulnerável (art. 217 do Código Penal), sendo-lhes garantido por lei que não carreguem o peso de uma gravidez incompreendida e indesejada. 

Em tempos de intensificação da misoginia e do machismo, como os que vivemos, as violências são esgarçadas ao máximo. É o que vemos na tentativa de fazer da criança estuprada e engravidada mais uma a dissimular sobre violência sexual. Ora, no que consiste uma CPI que apura a realização do aborto legal da menina que engravidou aos 10 anos, do que deslegitimação e desprezo ao direito da vítima de estupro de vulnerável?

Para os grupos que acolhem a desinformação, a gravidez de uma menina que engravidou aos 10 anos pode não ter sido resultado de violência, diferentemente do entendimento do Código Penal e da própria Constituição brasileira, em sua proteção ao direito fundamental à dignidade humana. Nem mesmo a juíza e a promotora que atuaram de modo controverso no caso e por isso hoje respondem a processos disciplinares, usaram do argumento de que a menina não havia sofrido violência para lhe negar o direito ao aborto legal. Justamente o contrário: promotora e juíza abrigaram compulsoriamente a menina porque acolheram o fato incontestável da violência — o que depois se transformou em medida para que ela não acessasse o aborto legal. Se há consenso entre juíza, promotora e sociedade brasileira em seu contrato social — seja na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente ou mesmo no Código Penal —, é de que a menina foi vítima de violência. A idade do alegado violador vai dizer sobre sua responsabilização como infrator, mas nada diz sobre descaracterizar a violência.

A desinformação que se seguiu com a repercussão da reportagem que fizemos em parceria com o Intercept, não por acaso, favorece quem a fomenta: o bolsonarismo. Quem não leu a reportagem e só se informa pelo gabinete do ódio, tem orquestrado que vítima e autor mantinham um namoro, enquanto os autos do processo, conforme reportamos, dão conta de que a família não sabia da violência, como é comum em casos de violação sexual infantil. A absurda tese de fraude ganhou coro no espetáculo de misoginia promovido na audiência do Ministério da Saúde sobre a guia do aborto, em vozes que reiteraram laços entre vítima e autor, nomeando-os de “namoradinhos”. 

É aí que entra em cena a deputada Ana Caroline Campagnolo (ex-PSL, atual PL) com seu requerimento respaldado pela desinformação previamente azeitada de que uma criança de 10 anos pode ter tido uma relação sexual que não fosse resultado de violência. Se a despeito da lei e do que consensuamos enquanto sociedade, afirmarmos que a gravidez não resultou de violação sexual, isso quer dizer que uma criança de 10 anos sabia o que estava fazendo, ou seja, tinha maturidade suficiente para uma relação afetivo-sexual prazerosa e saudável? E mais, sabia essa menina que o ato sexual levaria a uma gravidez? E se assim soubesse, deveria ser obrigada a mantê-la até o fim, arriscando sua própria vida? As respostas podem indicar que para alguns é trivial uma criança engravidar aos 10 anos de um “namoradinho” e manter a gestação contra a sua vontade, colocando em risco sua vida, para atender à demandante fila de adoção. 

COMEÇOU: VOTE AGORA NO PRÊMIO CONGRESSO EM FOCO 2022

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Vote para eleger uma bancada progressista e, para varrer o que há de pior na política institucional brasileira no Congresso Nacional.

- Vote nos parlamentares que sempre defenderam a Vida, a Educação, a Saúde, a Cultura, a Amazônia, o Meio Ambiente.

- Vote contra o Fundamentalismo Religioso, a Homofobia, o Feminicídio e por um País sem Fome e Miséria.

- Vote contra a Quadrilha civil e Militar instalada no Palácio do Planalto, na Câmara e no Senado. 

- Vote contra o Centrão de Arthur Lira e Pacheco.

- Vote para ajudar a eleger a maior Bancada Progressista já vista, que ajudará Lula a consertar o estrago que a a Quadrilha Miliciana deixará como herança.

Você já pode votar na premiação mais importante da política brasileira. Começou nesta sexta-feira (1º) e vai até o próximo dia 31 a votação do Prêmio Congresso em Foco 2022. Entre na página de votação e aponte aqueles parlamentares que, em sua avaliação, melhor representam a população. Também serão premiados os congressistas mais bem avaliados por jornalistas e por um júri especializado.

Além das categorias gerais – Melhores na Câmara e Melhores no Senado -, há três categorias especiais: Defesa da Educação, promovida pelo Todos pela Educação; Clima e Sustentabilidade, concedida pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS); e Defesa da Liberdade no Transporte, oferecida pela Buser. Os vencedores da 15ª edição do prêmio serão conhecidos em 25 de agosto. 


NÃO VOTE NOS SEGUINTES PARTIDOS:
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PSL, PP, PSD, PR, PRB, DEM, SD, PODE, PTB, PSC, PROS, NOVO, PHS, PATRIOTA, PRP, PMN, DC, e PPL.

Como votar

Antes de votar, você precisará se cadastrar por email. A votação também exigirá a confirmação do seu endereço eletrônico. Caso o e-mail de confirmação de cadastro não esteja em sua caixa de entrada, verifique também a caixa de spam ou promoções. Quando a mensagem de confirmação chegar, clique no botão “Completar Cadastro” e insira o código numérico de seis dígitos enviados pelo e-mail.

Clique Aqui para votar https://premio.congressoemfoco.com.br/

Fonte das informações: Congresso e Foco 

Opiniões: Beth Muniz

Choro, sim. Não há razão para rir quando quem perde é o Brasil

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Ontem foi um dia triste para o Brasil. Mesmo quem ontem estava rindo, soltando fogos, ainda vai se dar conta disso –a não ser que seja cúmplice ou tenha a ganhar pessoalmente com o governo ilegítimo que hoje se instala, esperamos que interinamente.

Não há como o país ficar melhor quando o que moveu os vencedores provisórios dessa disputa foram os sentimentos mais baixos:
– o ódio
– o egoísmo
– a ganância
– o desprezo pela democracia e pelas urnas
– a cobiça
– a irresponsabilidade
– o preconceito de classe e de origem
– o racismo
– a homofobia
– o rancor
– o machismo e a misoginia
– a vingança
– a traição
– a corrupção (sim, do lado dos que diziam que lutavam contra a corrupção estão os maiores corruptos brasileiros compondo e/ou apoiando o governo golísta)
– o desamor pelo Brasil
– a truculência
– a falta de empatia com os mais pobres e necessitados
– a burrice...

“Porque, se não fosse a estabilidade, ele não estaria aqui sentado, com a coragem que ele tem, de denunciar isso tudo que está ocorrendo” - deputado Luis Miranda/DEM-DF, seu irmão.

E continuou: “Então, a estabilidade para o funcionário público é a garantia de que eles não possam ser coagidos, como o Onyx (Lorenzoni, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República) tentou fazer com ele, falando em até PAD (Processo Administrativo Disciplinar), e ações criminosas contra uma pessoa que só quer fazer o bem - combater a corrupção. Essa é a minha motivação, já que ele não quis falar. ”Entendeu porque precisamos defender a estabilidade do servidor público”?


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O que precisa ser compreendido é que a Estabilidade não é apenas para defender os servidores públicos. Mas, os Serviços Públicos e o Estado brasileiro, da sanha financeira dos políticos de plantão, mesmo daquele que se intitula o mais anticorrupção, como é o caso do atual presidente, que nada fez para estancar a tentativa de roubo do seu líder governamental.

A reforma à qual o deputado se referiu é a PEC 32/20 (Proposta de Emenda à Constituição), proposta pelo governo Bolsonaro em setembro de 2020, que trata da Reforma Administrativa.

A proposta está em discussão na Câmara dos Deputados, em comissão especial, que debate o mérito. A previsão é que a matéria seja aprovada na Casa em setembro. Depois vai à discussão no Senado.

A grosso modo, essa proposta, de um lado desregulamenta (retira) direitos e regulamenta (insere) restrições do funcionalismo público da União (federais), estaduais e municipais.

De outro, se aprovada for pelo Congresso Nacional, vai diminuir o tamanho e o papel do Estado brasileiro, deixando de prestar serviços, como por exemplo no SUSque sempre foi necessário, e felizmente e finalmente em meio a Pandemia, descoberto pela população, em particular pelos mais pobres, pois são os que mais necessitam e demandam serviços públicos no País

Então, se você tem uma "Idea" preconcebida/induzida de que “temos que acabar” com a estabilidade dos servidores públicos, está mais que na hora de rever os seus conceitos, para o seu bem, e para o bem de todos os brasileiros.

Como servidora pública sei bem como deve estar se sentindo o Luís Ricardo. E se sobrevivi no Serviço Público até agora, é porque sou concursada. 

Por defender as minhas ideias, ameaças não faltaram.

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Com informações do DIAP 

Porque o Espanto?

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Se sempre flertaram com o perigoso, nem sempre oculto, Nero da era moderna.

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Não entendo o porquê do espanto da mídia oficial “tradicionalíssima”, especialmente a Globo, e de alguns políticos “experientes” com a decisão do Comando do Exército de não punir Pazuello? Diz a Nota do Comando:

"Acerca da participação do General de Divisão EDUARDO PAZUELLO em evento realizado na Cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2021, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general.

Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do General PAZUELLO”.

Em 2016, com a desculpa de era preciso estancar a corrupção, 367 deputados e 61 senadores votaram para afastar uma mulher íntegra e Presidenta honesta, da Presidência da República. Entretanto, esses homens e mulheres “íntegros” (entre eles Osmar Terra (PMDB-RS), Mandetta (DEM-MS), Izalci Lucas (PSDB-DF), Eliziane Gama (PPS-MA), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (PMDB-AL), não tiveram coragem suficiente para lhe cassar os direitos políticos.

- Não podiam. Não restava comprovação.

Enquanto mídia estimulava a dicotomia política entre o PT (Lula) e PSDB (Aécio), o inimigo nem tão oculto tramava nos bastidores da Câmara dos Deputados o seu Golpe Perfeito: chegar ao Palácio do Planalto e arrastar junto o que havia de mais nazifascista da política brasileira, com um discurso “ novo e inovador”, que poucos perceberam.

- E os pseudos democratas como Temer, por exemplo. serviam a cabeça da Dilma numa bandeja, e não enxergaram o que se avizinhava por interesses pessoais, ou, não queriam enxergar mesmo...

Agora, diante da posição do total agachamento institucional do Exército Brasileiro ao Nero da era moderna, começam a pensar na possibilidade de um Golpe que semearam e regaram.

Para nós, mortais, resta apenas uma única alternativa: RESISTIR pela via democraticamente organizada.

Para as Forças políticas progressivas, resta apenas uma saída: JUNTAR os caquinhos e se aliançarem em uma estratégia capaz de derrubar nas próximas eleições, o que há de pior na política Nero-nazi-fascista que já submergiu dos porões do submundo das Casernas, Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores e Congresso Nacional.

A tarefa é árdua, mas é possível.

Basta afastarem as Fogueiras das Vaidades!

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Beth Muniz

Em, 05.06.2022

A DESCULPA PARA O EXTERMÍNIO INDÍGENA

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No dia 19 de abril comemorou-se o o Dia do Índio. Ou, pelo menos, deveria-se ter comemorado.

É que a maioria dos brasileiros índio não é gente. Índio não tem direitos.

E neste vácuo de consciência social, as ações criminosas dos últimos dois anos, embaladas pelo discurso do ódio dos apoiadores do atual governo, em breve estaremos comemorando o extermínio total dos primeiros habitantes da terra Brasilis, para a alegria do atual presidente - me recuso a escrever o nome dele aqui -,  da Bancada do Boi e da Bala no Congresso Nacional, das Madeireiras, do Agronegócio e dos que se intitulam os donos do Brasil, em nome de Jesus. Amém!

Pois, parece-me que, o coronavírus está sendo a grande oportunidade que eles estão vendo de praticar o genocídio contra povos indígenas, que estão sendo contaminados pelos invasores, dentro das suas terras originárias.

Não há dúvida que o desmonte da fiscalização implica diretamente na contaminação dos povos indígenas e no avanço da pandemia de covid-19. O alerta está em documento divulgado no dia 15/04,  pela Associação Nacional dos Servidores do Meio Ambiente (Ascema)

A preocupação veio um dia depois de o governo Coiso reagiu indignado contra a operação de invasão nas terras indígenas. Como resultado: a demissão do diretor do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Mas, ainda assim, a caixa de Pandora desse desgoverno não há de nos roubar a Esperança.

Não mesmo!

Um Índio - Caetano Veloso Ao Vivo no Circo Voador no lançamento do App 342 Amazonia

Só a Bailarina que não tem

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Diário, um dos grandes mistérios do momento é: "Eu estou ou não com coronavírus?".

É que nem "Quem matou Odete Roitman?". Todo mundo quer saber.

Mas nem precisa ser detetive pra isso. É só usar a cabeça.

Primeiro: Por que eu não quero mostrar meu exame? O Trump mostrou?. Eu ia perder a chance de imitar ele? Não ia.

 Segundo: Por que que eu ia falar que, por conta do meu histórico de atleta (um malvado disse que minha especialidade é "salto em distância de debate"), a gripe em mim ia ser uma "gripezinha", um "resfriadinho"? Só pra me exibir? Bom, só por isso já ia ser bom. Mas tá na cara que eu peguei o treco e não foi tão forte.

E terceiro: Por que o hospital em que eu fiz o exame se recusa a fornecer os resultados de apenas dois pacientes? Tipo eu e a Michelle?

Olha, Diário, não tem mistério nenhum. É claro que eu peguei o treco. Mas não posso falar nada. E por três motivos:

Primeiro: Iam me chamar de irresponsável porque eu fui nas manifestações do dia 15 e encostei em todo mundo.

Segundo: Iam dizer que o vírus se espalha tanto que pegou até o presidente.

E terceiro: Eu não ia parecer um super-homem, um escolhido. Alguém já ouviu dizer que Maomé espirrou, que Jesus teve hemorroida, que Moisés pegou escarlatina? Nunca, pô! Nós, os messias, não podemos passar a imagem de fracotes.

Por isso que eu vou manter a minha versão. Uma mentirinha não faz mal a ninguém. Quer dizer, mais uma, kkk!

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Por José Roberto Torero, Ontem.


Espere o efeito bumerangue. Nunca um presidente foi tão vulgar com uma mulher

ADRIANO MACHADO / REUTERS (REUTERS)
O ataque de Bolsonaro à repórter Patrícia Campos Mello vai ajudá-lo a definhar a partir de agora num Brasil onde 52% do eleitorado é feminino e que não vai mais voltar atrás em sua luta pelas mulheres

Os covardes machistas podem fingir que não são covardes machistas, mas em algum momento eles se revelam. 

E não há momento mais oportuno para os atores públicos do Brasil mostrarem que não o são, longe de serem coniventes com a baixaria empreendida pelo presidente Jair Bolsonaro contra a repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, na manhã desta terça-feira. 

Num país em que 52% do eleitorado é feminino, deputados e senadores deveriam ficar alertas. Eles têm a grande oportunidade de mostrar que não vão deixar a vulgaridade assumir o Brasil, rasgando todo e qualquer senso de decência do Estado em relação a uma mulher, deixando que se propague uma mentira orquestrada dentro do Congresso. 

Deixem de lado o fato de Patrícia ser jornalista. Ela é mulher. Poderia ser uma economista, uma copeira, uma faxineira, uma jogadora de futebol. Ela foi exposta com insinuações sexuais por um presidente, como nunca o Brasil viu. 

Ele não está na mesa de bar com amigos, está na frente das televisões dizendo que Patrícia queria “dar um furo a qualquer preço”, sugerindo sexo em troca de informação, o que é o mesmo que chamar uma mulher de prostituta. Só uma cabeça pervertida pode se sentir tão à vontade para dizê-lo em alto e bom som.
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Do El País.

Para que serve um Bilionário?

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Rita Von Hunty é uma conspiradora. Há quem diga que foi presa por Getúlio Vargas e teria sido a ministra de Afazeres Subversivos do João Goulart. Que foi presa durante o período de Ilegalidade do PCB. Que era amiga da Olga. Namoradinha de Marighella. Ela não nega, nem confirma.

Rita Von Hunty é também ensolarada, mas suas opiniões são claras demais para tempos obscuros. Resultado: precisa viver nas sombras, nos porões. Ela é uma conspiradora.

É assim, sussurrando verdades indigestas, que ela estreia no YouTube de CartaCapital com seu O Gabinete. O primeiro programa, disponível desde quarta-feira 20, é uma análise cortante sobre os bilionários e o papel que eles desempenham na economia deste país que ama abraçar os ricos e cuspir nos pobres.

Ele/Ela
A cada 15 dias, Rita Von Hunty retorna com um novo olhar, uma nova aula. Aula, sim. Dizem por aí que ela é professora. De assuntos clandestinos. O Gabinete está aberto, ativo, operante. Que os agentes da repressão não o descubram.

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O Gabinete com Rita Von Hunty
Estreias: quartas-feiras, a cada 15 dias.

As grandes mentes de esquerda do século XX

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Sartre, Albert Einstein, Carl Sagan, Marx, Engels, Pablo Picasso, Frida Kahlo, Martin Luther King Jr, Van Gogh, Oscar Wilde, John Ford, Glauber Rocha, Malcom X, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Dias Gomes, Pablo Neruda e de Paulo Freire.

“Se os comunistas têm razão, então eu sou um louco solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperanças para o mundo”.


Podemos até não concordar com o socialismo, mas o “fato científico” é que muita gente que contribuiu para a evolução da mente humana era socialista. Sartre, filósofo francês de extrema influência, dizia: “Se os comunistas têm razão, então eu sou um louco solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperanças para o mundo”.

O presidente Jair Bolsonaro busca deixar claro seu ódio contra a esquerda e o comunismo, contudo é obrigado a se conformar diariamente com o fato de que habita uma casa projetada por um comunista. Outrora os militares tiveram que fazer o mesmo. Oscar Niemeyer está vivo em seus monumentos!

Quando se fala mal da esquerda, vale a pena lembrar que se está depredando por tabela as principais mentes que mudaram a história da humanidade em termos culturais e científicos.

Estamos falando de um Albert Einstein que dizia: “Estou convencido de que existe apenas um caminho para eliminar esses graves males, e esse é o estabelecimento de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educacional orientado para objetivos sociais”.

Uma vez perguntaram ao astrofísico Carl Sagan se ele era socialista. Ele respondeu: “Eu não tenho certeza o que seria um socialista, mas eu acredito que o governo tem a responsabilidade de cuidar das pessoas”.


Muitos acham que o socialismo é a extinção da propriedade privada. Isso não é verdade. Marx e Engels diziam que a propriedade privada já havia sido extinta para 9/10 da população. O que defendem é que esse modelo que concentra a propriedade (capitalista) deve ser extinto.


Continuando com Sagan: “Eu não estou falando de caridade, mas de tornar as pessoas auto-suficientes, capazes de se cuidar”. É justamente disto que se trata o socialismo, o governo precisa conter a concentração, distribuir as riquezas para que as pessoas possam ser capazes de se cuidar sozinhas.

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Para ler o artigo completo acesse o Le Monde Diplamatique

Sobre o autor: Raphael Silva Fagundes é doutor em História Política pela UERJ e professor da rede municipal do Rio de Janeiro e de Itaguaí.

A reforma da Previdência vai começar a afetar sua vida: entenda como

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Texto-base passou no Senado e só depende de mais duas votações para seguir à promulgação. Mudança institui idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres.

O Mercado agradece.

Pensão por morte
O valor da pensão de morte, que hoje é integral, passará a ser de 60% do benefício mais 10% por dependente. Se o dependente for inválido ou tiver grave deficiência mental, a pensão será de 100%. Tanto para servidores quanto para trabalhadores da iniciativa privada, a pensão não poderá ser inferior a um salário mínimo.

BPC
A regra do Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi mantida. Hoje, o benefício é um pagamento assistencial de um salário mínimo para idosos a partir dos 65 anos ou para deficientes físicos que tenham renda inferior a um quarto do salário mínimo.

Abono salarial
O abono salarial passará a ser pago para quem recebe até 1.364,43 reais (cerca de 1,4 salário mínimo). Atualmente, trabalhadores que recebem até dois salários mínimos têm direito a receber um abono anual equivalente ao salário mínimo vigente (em 2019 é 998 reais).

Regras de Transição
Serão cinco possibilidades para os segurados do INSS e duas para servidores públicos. Cada trabalhador poderá escolher a regra que for mais vantajosa.

Mulheres no Regime Geral (não servidores públicos)
A idade mínima para as mulheres se aposentarem será de 62 anos. Já o tempo mínimo de contribuição no regime geral ficou em 15 anos, e não 20, como previa o texto inicial do Governo Bolsonaro. A partir desse tempo, elas passam a ter direito a 60% do benefício e, a cada ano a mais de contribuição, será possível receber 2% a mais do valor. Por essa regra, elas terão direito de receber 100% do benefício quando atingirem 35 anos de contribuição.

Homens no Regime Geral
A idade mínima para os homens se aposentarem será de 65 anos e o tempo de contribuição será de 20 anos (15 anos para homens que já estão no mercado de trabalho) A cada ano a mais na ativa, será possível somar 2% a mais no benefício. Mas, diferentemente das mulheres, para conseguiram o valor integral do benefício, os homens precisarão contribuir por 40 anos.

Leia o artigo completo em o Em País

Divino Amor

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"Essa mesma fé alçou o então candidato a presidente Jair Bolsonaro a uma posição de Messias".

Lançado em junho deste ano, o filme “Divino amor” é uma obra de ficção futurista e ao mesmo tempo escatológica do cineasta pernambucano Gabriel Mascaro.

O adjetivo futurista é bem óbvio para quem assistir ao filme, em cartaz nos cinemas. Mas o termo escatológico deve ser explicado.

Não sou crítico de cinema, mas sou pastor há 25 anos em uma denominação cristã evangélica tradicional. Acompanho há mais de 30 anos o movimento evangélico de dentro, sendo, em muitas vezes, uma voz dissonante às que detêm poder financeiro e midiático para impor um padrão que é visto de fora como monolítico. O que essas informações pessoais têm a ver com o filme? Para mim, tudo a ver.

A ironia dessa história ficcional retratada no filme e desenrolada sem dar nenhum aspecto de chacota é que o marido de Joana, Danilo (interpretado por Júlio Machado), também participante das orgias da seita em prol da manutenção do casamento, se separa de Joana. 

E por qual motivo? Por que ela o traiu concebendo uma criança que não é dele. Veja que, mesmo ele participando de uma troca de casais, onde um entrega seu corpo a outro diante de seu par, isso em si não é considerado traição, visto que “quem ama, divide”. A paquiderme sutileza da crítica à hipocrisia religiosa daqueles que defendem a família no meio cristão moderno é muito bem descrita pelo autor do filme nessa situação.


A triste escatologia teológica que o filme “Divino amor” me fez lembrar que a perseguição virá de maneira furiosa contra os cristãos. Mas não pelos motivos que eu achava. Virá como resposta à intolerância, hipocrisia, indolência e a ausência total de amor, aquele amor retratado pelo apóstolo Paulo na primeira epístola aos Coríntios: 

"paciente, bondoso, sem inveja, sem orgulho, que não maltrata, não procura seus próprios interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade". 

É amor que tudo sofre, tudo crê e tudo espera. Esse, sim, é o verdadeiro Divino Amor.


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Alexandre Gonçalves
Pastor, atuante em causas sociais e diretor parlamentar do Sindicato dos Policiais e Servidores da PRF de Santa Catarina.

A que ponto nós chegamos

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O ponto, é que em um Ponto de ônibus na Avenida L2 Norte, uma das principais vias da Capital da República, encontrei colado um cartaz que deveria fazer muitos refletirem sobre a tão alardeada reforma da previdência do governo de agora.

- Não resisti. Fotografei.

O inusitado, é durante os trinta minutos em que eu estive no ponto, apenas duas pessoas leram o que está escrito: Eu e mais outra.

Minha conclusão: Não há espaço para a reflexão nas cabeças dos mais pobres.

Eles estão preenchidos pela alienação política.

Triste.

Brasília, 16/07/19.


Eis a questão.

"Amém!"

Nestes Tempos de Reforma da Previdência

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A Cadeia Hereditária continua a se reproduzir...

Pra cima.

Bem atual. A tendência, infelizmente é piorar.



Bom xibom, xibom, bombom

Analisando essa cadeia hereditária
Quero me livrar dessa situação precária
Onde o rico fica cada vez mais rico
E o pobre cada vez mais pobre
E o motivo todo mundo já conhece
É que o de cima sobe e o de baixo desce

Bom xibom, xibom, bombom

Mas eu só quero
Educar meus filhos
Tornar-me um cidadão
Com muita dignidade
Eu quero viver bem
Quero me alimentar
Com a grana que eu ganho
Não dá nem pra melar
E o motivo todo mundo já conhece
É que o de cima sobe e o de baixo desce

Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom

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Origem: Salvador, Bahia
País: Brasil
Gênero(s): Axé, Swingueira, Pagode baiano
Período em atividade: 1997 -  2009
Influência(s): Banda Cheiro de Amor, Banda Eva, Ivete Sangalo.

Apesar da partida...

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As Conversas Afiadas irão continuar,

O que ele cunhou, ninguém jamais apagará.

Apesar dos Coisos e do PIG.

São Paulo – O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta (10), aos 77 anos,  em sua casa no Rio de Janeiro, vítima de um infarto fulminante.  A informação foi confirmada pela TV Record, onde exerceu sua última ocupação.

Vindo da mídia impressa, o jornalista teve passagem por diversas emissoras de televisão, como Globo, Bandeirantes, Cultura e Record. Nesta última, foi apresentador do programa Domingo Espetacular, onde ficou de janeiro de 2006 até junho passado. Crítico do governo Bolsonaro, ele havia sido afastado do programa, após a Record ser pressionada por apoiadores do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do presidente pela demissão do jornalista.

Paulo Henrique Amorim mantinha o blog Conversa Afiada, que se notabilizou pela defesa de uma mídia democrática e com críticas frequentes à Operação Lava Jato e a Bolsonaro. O jornalista popularizou o termo “PIG”, o Partido da Imprensa Golpista ( o termo foi criado pelo então deputado pernambucano Fernando Ferro, para classificar os meios de comunicação que perseguiam o governo Lula desde o início de seu primeiro mandato).

Também era conhecido pelo bordão com que sempre iniciava suas falas: “Olá, tudo bem?”. 

Em 2015, lançou o livro O Quarto Poder –  uma outra história, sobre a mídia.



No passado, Dallagnol era o maior entusiasta das garantias que foram justamente a base para a decisão de Lewandowski autorizar a entrevista de Lula. Em novembro de 2015, como o Intercept publicou, Deltan alertou seus colegas que investigar jornalistas que publicavam material vazado não seria apenas difícil mas “praticamente impossível”, porque “jornalista que vaza não comete crime”.

Os Tigrões e os Gatinhos na "Reforma" da Previdência

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Substitutivo do relator é aprovado na Comissão Especial da reforma da Previdência.

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência (PEC 6/2019) aprovou, nesta quinta-feira (4/6), por 36 votos a 13, o texto-base do parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

Na sequência, ainda precisam ser votados os chamados destaques – pedidos de partidos e deputados para que uma parte específica da proposta seja analisada separadamente. Dos 40 Destaques para Votação em Separado (DVSs), 21 foram retirados e outros 19 poderão ser apreciados.

A ANFIP lamenta a aprovação do relatório na Comissão Especial sem antes haver uma profunda discussão sobre o impacto das mudanças, principalmente para as classes com rendas mais baixas. “80% da economia que se pretende com a reforma da Previdência vem do trabalhador urbano e rural, com renda de até dois salários mínimos”, ressalta o presidente da Entidade, Floriano Martins de Sá Neto.

Depois de aprovada em comissão especial, a proposta de emenda à Constituição (PEC) seguirá para o Plenário da Câmara, onde terá de passar por dois turnos de votação e necessitará do apoio de ao menos 308 dos 513 deputados. Após isso, se aprovada, ainda precisa ser analisada pelo Senado Federal.


↓↓→Parecer do Relator←↓↓

Veja os Votos SIM e NÃO

Se Engana, que Eu Gosto!

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Imagem: Veja
O Dito popular não é bem este.

O correto É: "Me engana que eu gosto"...

Mas, nos corredores da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a "real" é: "Se engana que eu gosto"! 

Tem gente que gosta de sofrer. Fazer o quê? Não estava ruim com o PT? Agora aguenta!

O terror emocional está instalado. Os que comemoraram e aplaudiram o resultado das eleições, agora estão cabisbaixos que mais parecem Tatú procurando buraco para enfiar a cabeça (e outras coisas mais). É ameaça explicita pra tudo que lado. 

- Acreditaram no novo Messias e no Super Homem Homem. Que Intercept!

E agora com o Governo tendo apenas 32% de aprovação, repetem a canção de Ângela Roro: "A vida é mesmo assim..." Será?!

- Não. Na política em geral e na Política Eleitoral, os caminhos devem trilhados mais pelas escolhas que fazemos, do que pelas as promessas fácies. Glória à Deus! - Que Deus me perdoe pela citação.

- Se alguém escolhe mal, todos pagam. E a conta não vem a cavalo. A velocidade é a de um carro de Fórmula 1. Veloz e Caro!.

E como afirma Jean de la Bruyere, 

"Existem Países estranhos, dos quais a vida inteira não parece ocupada senão em preparar razões para os filhos se consolarem pela morte deles".

C'est la vie!

Caminhemos...

Mas, não Lado à Lado!



DESLEMBRO, PARA RELEMBRAR

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Filme "Deslembro" mostra como era o regime que torturava e matava: O Regime Militar que o atual presidente da República tanto defende.

Em 'Deslembro', a cineasta Flávia Castro conta história familiar e os sofrimentos impostos pela ditadura. O filme é uma ficção, mas tem fundo autobiográfico: a diretora experimentou o exílio com os pais durante infância e adolescência. 

O processo de filmagem começou há dez anos, mas Deslembro, que estreou nesta quinta, 20/6, revela ecos que ganharam nova relevância nos últimos meses. O cenário principal é o Brasil do ano de 1979, pós Anistia. Mas o filme começa na França, onde Joana (a estreia de Jeanne Boudier), sua mãe (Sara Antunes) e irmãos vivem exilados, depois que o Estado brasileiro sumiu com o pai da família, militante contra a ditadura. A volta do grupo ao Brasil, então, coincide com um retorno de Joana ao lugar onde nasceu, mas que, na verdade, nunca conheceu - e a resistência enorme que ela exerce é fruto da imagem de um país que, nas suas palavras, "torturava e matava".

O filme é uma ficção, mas tem fundo autobiográfico: Flávia experimentou o exílio com os pais durante infância e adolescência, e a angústia da volta também esteve presente na sua história. "O lugar do filho (de militantes exilados) é um lugar de experiência, e o que me interessa como cineasta é a subjetividade, não a ação, o sequestro, o assalto ao banco. No meu caso, quero tentar dar conta do que os personagens estavam sentindo", explica. O ponto de vista da adolescente, então, se torna uma história "pequena" inserida no contexto mais abrangente, porque mostra o preço do autoritarismo na vida das pessoas e das famílias.

Na opinião da diretora, o cinema brasileiro já tem alguma tradição de pensar os processos históricos do País. "Filmamos no final de 2017, então o filme já absorve todo um clima", comenta a diretora sobre o espírito da época em que o filme chega - alguém grita um "vai pra Cuba!". "Mas os filmes se inscrevem no presente da sua realização. Ele é o que é hoje, nesse dia de estreia. Ele nasce dessa relação com o que está fora. Se ele se inscrever num trabalho de memória, que nós não fizemos no Brasil e é urgente num momento de negacionismo histórico avassalador, já seria uma coisa imensa", projeta.

Na sua volta ao Brasil, a personagem Joana encontra sua avó paterna (Eliane Giardini), e com sua ajuda tenta desvendar o pouco que se lembra do pai.


Outra camada do filme é a troca de idiomas, que ocorre muitas vezes no mesmo diálogo - além do português e do francês, o castelhano aparece na figura de Luis (Julián Marras), companheiro da mãe. Essa troca de linguagens, como definido pela crítica argentina Sylvia Molloy, "abala a fundação da casa".

Uma gata, o que é que tem? E a galinha, o que é que tem? E o jumento, o que é que tem?

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Todos Juntos, O Que Tem?

Vitória!!!

O musical Os Saltimbancos, adaptado por Sergio Bardotti do conto Os Músicos de Bremen, dos Irmãos Grimm, teve uma montagem histórica no teatro Canecão, RJ, em 1977, com versão em português de Chico Buarque de Holanda. Conta a história de um burro, um cão, um gato e um galo que, maltratados pelos seus donos, abandonam-nos e decidem ir para a cidade de Bremen, onde conhecerão a liberdade. 

Tratando de temas como coerção, repressão e injustiça na exploração dos animais, a obra é uma metáfora da relação entre a elite e o povo – ou o patronato e os trabalhadores – na sociedade capitalista moderna. Dessa forma, o Burro representaria a Intelligentsia; a galinha, a classe operária; o cachorro, os militares; a gata; os artistas; e o barão, inimigo dos animais, a elite, ou os "detentores do meio de produção".

A música Todos Juntos é o apogeu da história, relatando o momento em que a união de forças de todos os bichos consegue vencer o sistema e se sobrepor aos desmandos do barão. O uso do exemplo dos animais nessa situação nos desperta compaixão e permite uma visão distanciada dessa relação. Trata-se de um recurso eficiente para sensibilizar e educar as crianças que pressentem, através da lógica de Os Saltimbancos, as injustiças que permeiam nossa sociedade. 

Contudo, embora seja uma obra infantil, o grau de sofisticação do musical e, sobretudo, da adaptação de Chico Buarque, com toda sua simbologia e suas nuances, faz com que Os Saltimbancos não se limite apenas ao universo infantil podendo ser apreciado e assimilado por pessoas de qualquer faixa etária. Todos juntos somos fortes, somos flecha e somos arco, exprime o ideal das grandes manifestações, em que a união do povo é capaz de transformar o mundo em um lugar mais humanizado

Todos Juntos 

Uma gata, o que é que tem? 
– As unhas
E a galinha, o que é que tem?
– O bico
Dito assim, parece até ridículo
Um bichinho se assanhar
E o jumento, o que é que tem?
– As patas
E o cachorro, o que é que tem?
– Os dentes
Ponha tudo junto e de repente vamos ver o que é que dá



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