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Se números frios não tocam a gente, espero que nomes consigam tocar...

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Inumeráveis...

A letra de 'Inumeráveis'  de Chico Cesar mostra que os mortos da pandemia não são números. São vidas, com sonhos, projetos e história. Se números não tocam a gente, espero que nomes consigam tocar, diz o poeta.

(Composição: Chico Cesar, a partir de poema de Bráulio Bessa:/2020)




A Terra é Plana

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Diário, chegamos em dois milhões e meio de infectados. Ótimo! É mais gente pra tomar cloroquina. Cada um que disser que ficou bom com esse negócio vai ser um ponto pra mim. E, se alguém morrer por causa dela, não faz mal. Morto não vota.

Eu boto tanta fé na cloroquina que até queria mudar a bula por decreto, dizendo que ela servia para combater a covid. Mas o Mandetta não topou e até me dedurou depois.

Talvez eu tente de novo, já que agora o ministro é general Pazzuelo, que faz tudo o que eu quero.

Aí a bula vai ser assim:

• NOME DO MEDICAMENTO;

Hidrocloxina..., hidrococozina..., hipodromoquicina..., hindrotomenina..., hoxidrocliquinina..., ah, vai ser só “Cloroquina” mesmo.

• APRESENTAÇÃO, FORMAS OU FORMULAÇÕES;

É uma pilulinha. Dá para tomar com água. Ou com cerveja, em dia de churrasco.

• COMPOSIÇÃO E INGREDIENTES:

Não faço nem ideia. Mas, pelo nome, deve ter cloro. E aquela coisa que o pessoal meio ripongo gosta: quinoa.

• DOSAGEM:

A cloroquina funciona que nem um anticoncepcional para o coronavírus-fêmea. Por isso que tem que tomar todo dia. Senão ela engravida e o vírus se multiplica.

• CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO E PRAZO DE VALIDADE;

Pode guardar em qualquer lugar. A minha caixinha eu guardo na gaveta das cuecas, do lado da faixa presidencial.
No tocante ao prazo de validade, não importa, porque ninguém consegue ler aqueles numerozinhos mesmo.

• INDICAÇÕES:

Carta ao Povo de Deus

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Em "Carta ao Povo de Deus", 152 bispos criticam "incapacidade" de Jair Bolsonaro.

Não temos interesses político-partidários, econômicos, ideológicos ou de qualquer outra natureza.

Há duas semanas, dois bispos escutados pela reportagem do Brasil de Fato falaram sobre a existência de uma articulação entre os integrantes da ala progressista da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) visando a criação de uma frente para que a entidade tenha “influência” no debate contra o governo de Jair Bolsonaro.  

Hoje, 152 bispos, arcebispos e bispos eméritos brasileiros divulgaram um documento denominado Carta ao Povo de Deus, no qual fazem duras críticas ao capitão reformado, principalmente diante da pandemia de covid-19, e ao bolsonarismo. "Analisando o cenário político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do Governo Federal em enfrentar essas crises", afirmam no documento.

“Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela covid-19 (...) e os conchavos políticos que visam à manutenção do poder a qualquer preço. Esse discurso não se baseia nos princípios éticos e morais, tampouco suporta ser confrontado com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja”, afirmam os integrantes da ala progressista.  

De acordo com os bispos, essa movimentação não está restrita à CNBB, mas tem encontrado eco em paróquias e igrejas pelo país, onde padres reclamam de perseguição política, por conta das críticas feitas ao governo de Bolsonaro nas missas ou em conversas com fiéis.

O texto é assinado, entre outros, pelo arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes, pelo bispo emérito de Blumenau, dom Angélico Sandalo Bernardino, pelo bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM), dom Edson Taschetto Damian, pelo arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, pelo bispo prelado emérito do Xingu (PA), dom Erwin Krautler, pelo bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Giovani Mol, e pelo arcebispo de Manaus (AM) e ex-secretário-geral da CNBB dom Leonardi Ulrich.

"Carta ao Povo de Deus"

São tempos difíceis, mas a Travessia é uma oportunidade de reinvenção.

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A vida cultural resiste.

Ninguém imaginou o impacto e o alcance que a pandemia e suas implicações teriam na vida das pessoas, principalmente no que diz respeito à paralisação das atividades econômicas, sociais e culturais. Apesar do cenário complexo, a Arte nunca saiu de cena, ela incorporou as novas tecnologias e segue se reinventando. Na verdade, podemos dizer que a Cultura e a Arte estão desenhando um novo paradigma de atuação para condições de existência adversa.

Nessa perspectiva, diversas ações foram pensadas, pelo poder público e pela sociedade civil, para dar continuidade à produção cultural neste período. Destaco o grande movimento nacional de criação da Lei Aldir Blanc, atualmente em espera de sanção presidencial, que destinará R$ 3 bilhões para municípios e estados, para aplicação em ações emergenciais de apoio ao setor cultural.

Por sua vez, a Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor) mantém como meta prioritária a manutenção da programação cultural e a continuidade de projetos que já estavam em andamento. Para isso, diversas atividades foram adaptadas para as plataformas digitais, como é o caso das ações da Vila das Artes, dos Mercados dos Pinhões e da Aerolândia, das bibliotecas, do Centro Cultural Belchior e da Rede Cuca, transpostas para o site da Prefeitura de Fortaleza e para as redes sociais da Secultfor. A iniciativa oferece alternativas culturais gratuitas que podem ser apreciadas pelo público em suas casas.

Destaco, ainda, como ação prioritária da pasta, a realização do Programa de Auxílio Emergencial aos profissionais da cultura de maior vulnerabilidade social, em um investimento de R$1 milhão; o pagamento do VIII Edital das Artes, no valor de R$ 4,1 milhões; e a antecipação de 40% do valor da premiação aos artistas do 71º Salão de Abril.

São tempos difíceis, mas a travessia é uma oportunidade de reinvenção. Dificilmente vamos desconsiderar, a partir de agora, a existência das ferramentas virtuais e o alcance e a facilidade que permitem, assegurando uma fortaleza de cultura para todos. 

A Cultura resiste e abre novos caminhos.

E eu afirmo: Mesmo em tempos sombrios como os que estamos vivendo no País.

E... apesar do bolsonaristas, fascista e nazistas.

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Gilvan Paiva
Secretário da Cultura de Fortaleza.


A solidariedade INTERNACIONAL dos médicos de Cuba

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Como um país tão POBRE economicamente pode ser tão RICO em SOLIDARIEDADE?

Está presente desde que Cuba enviou uma brigada médica para ajudar as vítimas do terremoto que atingiu o Chile em 1960.

FOTO: Médicos cubanos desembarcam na Itália para ajudar no combate à Covid-19.

Desde que Cuba enviou uma brigada médica para ajudar as vítimas do terremoto que atingiu o Chile em 1960, até o passado ano 2019, o país colaborou com mais de 600 mil especialistas em 160 nações como ajuda na área da saúde, principalmente de forma gratuita. Desse número, em 2020, continuaram trabalhando em 67 países 37.472 especialistas.

Durante os primeiros anos a assistência foi dada prioritariamente aos países que lutavam pela sua libertação e que, por sua vez, apresentavam situações sanitárias críticas. Assim, duas das brigadas médicas mais importantes dirigiram-se à Guiné e à Tanzânia. Entre os anos 1970 e 1980, o maior impacto se concentraria em Angola e Etiópia.

Nos anos 90 foi estabelecido o Programa Integral de Saúde que deu um enfoque mais efetivo à assistência proporcionada por Cuba incluindo no mesmo os medicamentos, equipamentos médicos e preparação de pessoal.

O enfrentamento de desastres naturais a partir dos furacões que atingiram a América Central e o Haiti em 1998-99, contou com o envio de brigadas médicas integradas por centenas de especialistas que possibilitaram uma maior eficiência no trabalho assistencial.

A estrutura mais especializada foi criada com a Brigada Henry Reeve em 2005, que ofereceu seus serviços ao governo dos EUA para enfrentar os efeitos do furacão Katrina em Nova Orleans, oferta que não foi aceita. Mas a brigada cumpriu até 2019 missões em 22 países diferentes e em 2014-2015 desempenhou um papel importante no controle do Ebola na África.

Por outro lado, para a preparação do pessoal médico por parte de especialistas cubanos, entre 1976 e 2005 Cuba instituiu dez escolas de medicina, especialmente na África. A isso se somaria a criação da Escola Latino-Americana de Medicina em 1999, que formou -junto a outras universidades- 36.962 médicos de 149 países, ao que se somou o Programa de Formação de Médicos venezuelanos em 2012, entre os projetos de maior envergadura.



Os resultados de toda esta colaboração expressam-se na realização de mais de 1.940 milhões de consultas médicas e mais de 14.119 operações cirúrgicas, que salvaram a vida de milhões de pessoas.

Este esforço foi possível pela política desenvolvida em Cuba, que conta hoje com 95 mil médicos e 84 mil enfermeiras, unido a uma indústria biotecnológica de nível internacional. Os resultados do esforço permitem que o país disponha de um médico por cada 9 habitantes, uma taxa de mortalidade infantil de 4,9 por mil nascidos vivos e uma expectativa de vida de 78,45 anos, índices todos de um país desenvolvido, superiores inclusive aos próprios Estados Unidos, apesar do bloqueio que nos impôs durante quase seis décadas.

Toda essa bela história resume o que nosso povo sustentou nos últimos 60 anos: o princípio de compartilhar o que temos e não o que nos resta. Isso foi conseguido educando nossos compatriotas sob o princípio – esgrimido por nosso comandante em chefe – de que a solidariedade nada mais é do que o pagamento de nossa dívida com a humanidade, algo que, hoje, é ratificado dia a dia para a vergonha daqueles que nos atacam.

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No Brasil, após cassação do governo Dilma pelo que se alinharam ao Coiso (inclusive o Mandetta), Bancada BBB, os médicos cubanos foram obrigados a deixar o país. Resultado: deixaram de atender as regiões mais longínquas e carentes, como o Estado do Amazonas onde o caos se agrava a cada dia que passa.

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Em parceria com Rolando Antonio Gómez Gonzáles, do Portal Vermelho.

O ‘ponto’ da questão: quem estava falando na minha orelha?

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DIÁRIO DO BOLSO

Usei o ponto eletrônico e pensei que ninguém ia reparar. Mas na mesma hora o pessoal já começou a fazer piadinha nas redes sociais.

Pô, Diário, ler é um negócio difícil. Aquele tal de teleprompter é um inferno. As letras passam muito rápido e ele fica muito longe, não dá para botar o dedo para ajudar.

Então o jeito foi usar ponto eletrônico na coletiva sobre a demissão do Mandetta e a chegada do Tropeço, quer dizer, do Coveiro, quer dizer, do Tich (pô, não posso bobear e chamar ele pelos apelidos na reunião ministerial).

Foi bom, que assim eu falei mais devagar, porque eu tinha que escutar o que me diziam e depois repetir. Parecia até que eu estava pensando, Diário!

O treco era bem claro, cor de carne (carne de branco, né? kkk!) e ficava quase invisível na orelha. Eu pensei que ninguém ia reparar. Mas na mesma hora o pessoal já começou a fazer piadinha nas redes sociais. Disseram que eu sem ponto eu não sabia nem cantar o hino nacional; que não era ponto eletrônico, mas o meu cérebro; que era cera de ouvido e mais um monte de bobagens.

Só que o mais importante, Diário, é saber quem tava falando na minha orelha. Isso é segredo. Mas eu vou colocar aqui dez opções e você escolhe uma, talkei? Vamos lá:

( ) O Trump
( ) O Wajgarten
( ) A Regina Duarte, que é craque nisso
( ) O Olavo de Carvalho
( ) O Carluxo
( ) O general Heleno
( ) O Queiroz
( ) O Carioca (e, na verdade, eu que imito ele)
( ) O Coronavírus
( ) Ou o Diabo

Como diria o Toni Ramos, Diário: “Você decide“. Kkk!

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Por José Roberto Torero, @diariodobolso

EAD na Educação Pública ignora que 42% das casas não têm computador

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Esta é mais uma fratura social exposta pelo COVID-19.

Em um país em que 42% dos lares não possuem computador, a proposta de governos estaduais e municipais de dar continuidade ao ano letivo da educação com EaD (ensino à distância) é um prenúncio de ampliação das desigualdades sociais e exclusão de grande parte dos estudantes do acesso às aulas. 

Pesquisa TIC Domicílios 2018, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, demonstra o que professores e pesquisadores da educação vêm afirmando desde que essas iniciativas foram apresentadas devido à suspensão das aulas em meio a pandemia de coronavírus.

São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal já estão organizando as atividades, voltadas para todos os anos da educação básica, com exceção da creche e da pré-escola. Os governos e prefeituras pretendem criar plataformas acessíveis pelo celular, tablet ou computador. Os espaços terão conteúdos em texto, imagens e vídeo-aulas.

“Nós estamos falando de uma realidade em que a gente acha que todo mundo tem acesso à internet. Não é verdade. Nós temos pesquisas que apontam, aqui no Distrito Federal, onde está a capital do país, 90% dos estudantes têm acesso e fazem uso do WhatsApp. Que ele tenha uma internet, não significa que seja uma boa internet para acessar a plataforma do EaD. Muitas famílias não têm sequer televisão em casa, imagina ter uma boa internet”, argumenta a diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) Rosilene Corrêa Lima.

A professora também lembra que o sucesso do Ead depende da capacidade do estudante de acessar, compreender e interagir com os conteúdos. “Um aluno de educação a distância precisa ter o mínimo de autonomia pedagógica. Preciso ter disciplina e a faixa etária dos nossos estudantes da educação básica não atende a isso. Outra coisa é que o Estado não pode oferecer a educação, que é sua obrigação constitucional, apenas para uma parte dos seus alunos. E EaD, com os recursos tecnológicos que eles estão tentando trabalhar agora, vai excluir uma parte significativa dos nossos alunos”, explicou Rosilene.

Na mesma linha, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação também destacou uma série de motivos pelos quais o EaD não deve ser aplicado como solução para o ano letivo de 2020. “Oferecer a educação a distância na educação básica é rejeitar o direito à educação, pois implementar a modalidade é algo impossível de se fazer sem ampliar as desigualdades da educação brasileira, ainda que seja neste período de exceção”, defende a organização.

Entre os motivos apontados pela Campanha, destaca-se, além da desigualdade já apontada, o fato de que muitas escolas, sobretudo públicas, não possuem infraestrutura, não dispõem de plataformas e professores com formação adequada para trabalhar com a modalidade. A organização também aponta que o EaD não é adequado para o ensino fundamental, pois a criança ainda precisa desenvolver autonomia, capacidade de concentração e autodisciplina que a modalidade requer. E nem para o ensino médio, pois exigiria uma estrutura complexa de adaptação, adequação pedagógica e condições de apoio ao ensino-aprendizagem.

Para Rosilene, seria possível os sistemas educacionais municipais e estaduais oferecerem apoio educacional aos estudantes de outras formas. “Acho que ninguém tem condições de fazer previsão nenhuma. E não só para o calendário letivo, mas para a vida. Nós estaremos tratando quais serão as condições reais que nós teremos para reorganizar as nossas vidas, no aspecto trabalhista, financeiro, emocional. As aulas deveriam ter conteúdos voltados para a preservação da vida, orientar as famílias na superação desse período”, ponderou.

“One World: Together At Home”

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Lady Gaga é a curadora de evento especial em apoio a trabalhadores da saúde contra o coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a organização internacional Global Citizen anunciaram o especial “One World: Together At Home” (“Um mundo: juntos em casa”) , que será transmitido ao vivo no dia 18 de abril no mundo todo em apoio à luta contra a pandemia de COVID-19. O especial terá a participação de médicos, enfermeiros e famílias relatando experiências reais de vivência da pandemia.

O evento tem curadoria de Lady Gaga e terá ainda apresentações de Alanis Morissette, Andrea Bocelli, Billie Joe Armstrong (Green Day), Eddie Vedder, Elton John, FINNEAS, Paul McCartney e Stevie Wonder, entre outros.

A OMS também anunciou que está lançando um guia para ajudar os países a decidir se recomendam o uso de máscaras médicas e não médicas para prevenir o avanço da COVID-19, já que há poucas pesquisas sobre o uso comunitário das máscaras.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a organização internacional Global Citizen anunciaram nesta segunda-feira (6) o especial “One World: Together At Home” (“Um mundo: juntos em casa”) , que será transmitido ao vivo no mundo todo em apoio à luta contra a pandemia de COVID-19. O especial, com participação de médicos, enfermeiros e famílias relatando experiências reais de vivência da pandemia, será transmitido no dia 18 de abril de 2020 (sábado), às 21h (horário de Brasília), nas redes e plataformas ABC, NBC, ViacomCBS Networks, iHeartMedia e Bell Media (Canadá).

O evento tem curadoria de Lady Gaga e terá ainda apresentações de Alanis Morissette, Andrea Bocelli, Billie Eilish, Billie Joe Armstrong do Green Day, Burna Boy, Chris Martin, David Beckham, Eddie Vedder, Elton John, FINNEAS, Idris e Sabrina Elba, J Balvin John Legend, Kacey Musgraves, Keith Urban, Kerry Washington, Lang Lang, Lizzo, Maluma, Paul McCartney, Priyanka Chopra Jonas, Shah Rukh Khan e Stevie Wonder.

A transmissão histórica será apresentada por Jimmy Fallon (‘The Tonight Show’), Jimmy Kimmel (Jimmy Kimmel Live’) e Stephen Colbert (‘The Late Show with Stephen Colbert’) e Amigos da Vila Sésamo, para inspirar pessoas ao redor o mundo a tomar ações significativas que aumentem o apoio à resposta global à COVID-19.

Quando o inimigo é invisível, não da para arriscar

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Escolas fechadas, hospitais lotados, eventos cancelados

Hoje? Não. No Brasil da meningite em 1974.

Mas, hoje poderá se transformar no ontem.

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Aulas suspensas e eventos esportivos transferidos, algumas das consequências da atual pandemia do novo coronavírus, já marcaram a história recente do Brasil, por conta de outra doença: a meningite.

Em 1974, durante o período da ditadura militar, o Brasil enfrentava a pior epidemia contra a meningite de sua história. O país já tivera dois surtos da doença - um em 1923 e outro em 1945 -, mas, nenhum deles tão grave ou letal.

Isso porque o Brasil foi vítima não de um, mas de dois subtipos de meningite meningocócica: do tipo C, que teve início em abril de 1971, e do tipo A, em maio de 1974.

Para evitar o contágio, o governo tomou medidas drásticas: decretou a suspensão das aulas e suspendeu eventos esportivos. Os Jogos Pan-Americanos de 1975, que estavam marcados para acontecer em São Paulo, tiveram que ser transferidos para a Cidade do México. Hospitais, como o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, ficaram superlotados.

A que viria a ser a maior epidemia de meningite da história do Brasil teve início em 1971, no distrito de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. Logo, a população mais carente começou a se queixar de sintomas clássicos, como dor de cabeça, febre alta e rigidez na nuca. Nos bairros mais pobres, muitos morreram sem diagnóstico ou tratamento.

Medo (que parece não existir hoje).

Em 1974, quando a verdade veio à tona, pelo menos sete Estados totalizavam 67 mil casos - 40 mil deles só em São Paulo. A população, quando soube da epidemia, entrou em pânico. Com medo da propagação da doença, as pessoas evitavam passar na frente do Emílio Ribas. De dentro de carros e ônibus, fechavam suas janelas. Na falta de remédios e de vacinas, recorriam a panaceias milagrosas, como a cânfora.

"Naquela época, não havia rede social, mas já existiam 'fake news'. A boataria atrapalhou bastante". 

Ministério censurado (Mandetta ameaçado).

Em março de 1974, o general Ernesto Geisel assumiu a Presidência no lugar do general Médici. Para ministro da Saúde, ele nomeou o médico sanitarista Paulo de Almeida Machado.

Naquele ano, a jornalista Eliane Cantanhêde, então na revista Veja, conseguiu uma exclusiva com o ministro, em Brasília. Pela primeira vez, uma autoridade admitia publicamente que o Brasil vivia uma epidemia. Mais que isso. Ele alertou sobre os riscos da meningite e ensinou medidas de higiene à população.

De volta à redação, Cantanhêde começou a bater a matéria e a enviá-la, via telex, para a sede da Veja, em São Paulo. Dali a pouco, ficou sabendo que a entrevista tinha sido censurada. Motivo? "Não havia vacina para todo mundo", explica Eliane. "As pessoas não sabiam o que era meningite. Muitas delas morriam e, por falta de informação, não sabiam do quê".



Jesus Cristinho, o Mundo Parou!!!

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COVID-19: DUPLA JORNADA AUMENTA VULNERABILIDADE DAS MULHERES, ALERTA O UNFPA.

Cerca de 70% das equipes de trabalho em saúde são formadas por mulheres, que também realizam a maior parte dos afazeres domésticos


A pandemia causada pelo novo coronavírus pode acentuar os efeitos da desigualdade de gênero e piorar a vida das mulheres. O alerta foi dado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), organismo da ONU responsável por questões populacionais.

Segundo a UNFPA, as mulheres estão mais expostas ao COVID-19 por estarem na linha de frente no combate à epidemia. Cerca de 70% das equipes de trabalho em saúde e serviço social são compostas por profissionais do sexo feminino. A conta inclui os trabalhos de enfermeiras, parteiras e trabalhadoras de saúde da comunidade.

O fechamento de escolas é um fator adicional de preocupação, pois o trabalho doméstico recai, tipicamente, sobre as mulheres. Dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, apontam que a taxa de realização de trabalhos domésticos, em 2018, era de 92,2% para as mulheres e 78,2% para os homens. Em média, as mulheres dedicam 21,3 horas para essas atividades, enquanto os homens dedicam 10,9 horas.

No Brasil, existem cerca de 35 milhões de lares chefiados por mulheres, ainda segundo o IBGE. “Hoje, a pandemia pelo coronavírus poderia causar um impacto significativo nos meios de subsistência das mulheres”, afirma a UNFPA.


Fique em Casa!
Tamo Junto!

SEM OPÇÃO PARA ENFRENTAR A PANDEMIA

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Apesar dos apelos de órgãos de saúde para que as pessoas fiquem em casa, maioria não tem essa opção

Sem escolha, trabalhadores mantêm rotina na epidemia de coronavírus.

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Segundo dados do Instituto Trata Brasil, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à rede de água potável e 95 milhões não possuem coleta de esgoto em seus locais de moradia. A situação é pior na região Norte, onde apenas 10,24% da população tem acesso à rede de esgoto. No Nordeste são 26,87%, no Sudeste 78,54%, no Sul 43,93% e no Centro-Oeste, 53,88%.

Coronavírus: Procuradoria cobra plano de ação para favelas e periferia.

PFDC - Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão - deu cinco dias para o Ministério da Saúde apresentar planejamento para enfrentar a epidemia de coronavírus em áreas pobres.

Ainda não atingidas gravemente, favelas e periferias têm menos condições de se proteger do coronavírus.

São Paulo – A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, deu cinco dias para o Ministério da Saúde apresentar o planejamento para enfrentar a epidemia de coronavírus nas favelas e nas periferias. “O quadro estrutural de desigualdade existente na sociedade brasileira não pode ser potencializado em momentos de pandemia, o que significa dizer que grupos historicamente subalternizados devem merecer atenção prioritária, uma vez que já estão, especialmente em termos de saúde pública, em situação de desvantagem em relação ao restante da coletividade nacional”, defendeu.

Coronavírus: 15 perguntas e respostas sobre a pandemia.

Ela destacou que as favelas e periferias de diversas cidades do país apresentam uma situação de alta densidade populacional, com casas muito próximas e limitações estruturais para garantir o isolamento adequado em caso de contaminação pelo coronavírus. Além disso, os locais contam com baixa cobertura de saneamento básico precário, convivem com constante falta de água – como ocorre em algumas favelas do Rio de Janeiro – e quase nenhum equipamento de saúde, tornando difícil a adoção das providências recomendadas pelo Ministério da Saúde para evitar a contaminação e a transmissão do vírus.

Aperto

Apenas em Heliópolis e Paraisópolis, as duas maiores favelas de São Paulo, vivem cerca de 300 mil pessoas. Grande parte das moradias tem apenas um ou dois cômodos, contam com pouca ventilação e são compartilhadas por um número grande de pessoas. Em todo o país, são 13 milhões de pessoas vivendo em favelas, a maior parte sem acesso ao saneamento básico.

Além disso, boa parte dos moradores de favelas e das periferias são trabalhadores informais, que não vão poder deixar de realizar suas atividades cotidianas em virtude da epidemia. O que aumenta a possibilidade de contaminação e transmissão do coronavirus.

Segundo dados do Instituto Trata Brasil, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à rede de água potável e 95 milhões não possuem coleta de esgoto em seus locais de moradia. A situação é pior na região Norte, onde apenas 10,24% da população tem acesso à rede de esgoto. No Nordeste são 26,87%, no Sudeste 78,54%, no Sul 43,93% e no Centro-Oeste, 53,88%.

1918: Voltamos pra Casa, e é lá que devemos ficar!

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Voltamos não por opção de cada UM, mas por necessidade de TODOS.

- E é lá que devemos permanecer.

Devemos reaprender a cultivar o espaço que de fato é nosso. Não importa de que tamanho seja, se próprio ou alugado, e onde fica. Também não importa o meio de transporte que nos leva até lá.

- O importante é chegar... cultivar... e ficar!

Vamos reaprender e redescobrir a importância das nossas famílias - não importando de qual configuração sejam. Vamos ligar para os amigos e bater um papo gostoso. Vamos usar de forma consciente a maravilhosa e democrática ferramenta de aproximação com as pessoas, mesmo que estejamos distantes: O WhatsApp.  Vamos arrumar as nossas gavetas e doar tudo que não precisamos – não precisa entregar agora, apenas organize -, mas certamente tem alguém que precisa.

- Vamos viver doar HUMANIDADE!

Vamos redescobrir o valor de um Bom Dia, Boa Noite, do almoçar todos juntos, e ficarmos juntos e misturados em casa – mantendo o distanciamento físico necessário conforme os Protocolos médicos/sanitários.

- Vamos SER mais, e deixar o TER mais, de lado. Vamos sim...

Vamos redescobrir então, que o mais importante está dentro de nós e de nossas casas. Que os Shopping Center e as Praças de alimentação podem esperar. Não devemos nos enganar: nas ruas, mesmo com o vazio atual, para os que nos olham, somos mais um. 

- Em casa, somos alguém importante.

Bem, para ajudar a compreendermos melhor a pandemia político/social e de saúde que estamos, compartilho um excelente artigo publicado no El País, que certamente prenderá os olhos de quem o lerá, e fará girar a Roda da consciência coletiva.

Pois em 1918, a PANDEMIA foi a Gripe Espanhola que espalhou morte e pânico e gerou a semente do SUS.

Naquele ano, escolas brasileiras aprovaram todos os alunos. A busca de remédios milagrosos teve um efeito colateral inusitado, a criação da Caipirinha.

Leia. Veja o que pode acontecer por escala, se Não Voltarmos para casa.

As grandes mentes de esquerda do século XX

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Sartre, Albert Einstein, Carl Sagan, Marx, Engels, Pablo Picasso, Frida Kahlo, Martin Luther King Jr, Van Gogh, Oscar Wilde, John Ford, Glauber Rocha, Malcom X, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Dias Gomes, Pablo Neruda e de Paulo Freire.

“Se os comunistas têm razão, então eu sou um louco solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperanças para o mundo”.


Podemos até não concordar com o socialismo, mas o “fato científico” é que muita gente que contribuiu para a evolução da mente humana era socialista. Sartre, filósofo francês de extrema influência, dizia: “Se os comunistas têm razão, então eu sou um louco solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperanças para o mundo”.

O presidente Jair Bolsonaro busca deixar claro seu ódio contra a esquerda e o comunismo, contudo é obrigado a se conformar diariamente com o fato de que habita uma casa projetada por um comunista. Outrora os militares tiveram que fazer o mesmo. Oscar Niemeyer está vivo em seus monumentos!

Quando se fala mal da esquerda, vale a pena lembrar que se está depredando por tabela as principais mentes que mudaram a história da humanidade em termos culturais e científicos.

Estamos falando de um Albert Einstein que dizia: “Estou convencido de que existe apenas um caminho para eliminar esses graves males, e esse é o estabelecimento de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educacional orientado para objetivos sociais”.

Uma vez perguntaram ao astrofísico Carl Sagan se ele era socialista. Ele respondeu: “Eu não tenho certeza o que seria um socialista, mas eu acredito que o governo tem a responsabilidade de cuidar das pessoas”.


Muitos acham que o socialismo é a extinção da propriedade privada. Isso não é verdade. Marx e Engels diziam que a propriedade privada já havia sido extinta para 9/10 da população. O que defendem é que esse modelo que concentra a propriedade (capitalista) deve ser extinto.


Continuando com Sagan: “Eu não estou falando de caridade, mas de tornar as pessoas auto-suficientes, capazes de se cuidar”. É justamente disto que se trata o socialismo, o governo precisa conter a concentração, distribuir as riquezas para que as pessoas possam ser capazes de se cuidar sozinhas.

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Para ler o artigo completo acesse o Le Monde Diplamatique

Sobre o autor: Raphael Silva Fagundes é doutor em História Política pela UERJ e professor da rede municipal do Rio de Janeiro e de Itaguaí.

Fiocruz lança plataforma para organizar conhecimento sobre favelas do país

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Dicionário virtual recebe o nome de Marielle Franco e tem como objetivo estimular e permitir a coleta e construção coletiva das informações existentes sobre as periferias das cidades brasileiras.

Cerca de 70 pessoas participaram da fase inicial de construção do projeto, que já soma cerca de 250 verbetes

São Paulo – A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança, nesta quarta-feira (10), o WikiFavelas - Dicionário de Favelas Marielle Franco. A plataforma virtual tem como objetivo estimular e permitir a coleta e construção coletiva do conhecimento existente sobre as favela.

De acordo com Sonia Fleury, coordenadora do projeto e pesquisadora sênior da Fiocruz, cerca de 70 pessoas participaram da construção do projeto, que já soma cerca de 250 verbetes. Ela explica que a plataforma virtual é feita por meio da articulação de uma rede de parceiros que já se dedicam a este tema, tanto nas academias quanto nas instituições produtoras de conhecimentos existentes nas próprias favelas.

"A ideia surgiu ao perceber algumas deficiências na periferia, como a fragmentação dos conhecimentos sobre as favelas. Também há a dificuldade das lideranças locais que estão preocupadas em resgatar sua memória e a documentação sobre a comunidade. É preciso construir esses acervos e dar visibilidade para o próprio conhecimento. É a ponte do trabalho acadêmico com a construção coletiva das comunidades", afirmou Sonia, à Rádio Brasil Atual.

O nome da plataforma presta homenagem à vereadora carioca pelo Psol, assassinada em março do ano passado, e que era uma das entusiastas do projeto. A iniciativa teve o apoio e a participação de Marielle Franco que escreveu uma ementa e uma proposta de verbete sobre a sua monografia em que discorre sobre Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

"Desde o início ela apoiou muito esse trabalho e chegou a escrever sua proposta, mas o assassinato dela impediu que sua voz continuasse a se manifestar. Então, fizemos a homenagem para mostrar que o compromisso político, através do nosso trabalho, é que a voz continue", contou.

Sonia acrescenta que, apesar de a plataforma ser baseada em wiki, ela não foi feita dentro da Wikipedia. Isso porque a página tem o princípio de neutralidade, enquanto o dicionário da Fiocruz, de pluralidade. "Estamos tentando contar, através da favela, uma história que as pessoas desconhecem, (por estarem) tratando como se todas as comunidades fossem iguais, o que não é verdade. Cada uma tem sua história, suas políticas, trabalhos sociais".

Ouça a entrevista na íntegra.

O Feminino e o Negro

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Bibliotecária cria livraria especializada em protagonismo feminino negro.

Loja virtual e itinerante Africanidades, de Ketty Valêncio, amplia acesso à literatura feita por mulheres negras e reúne quase 80 títulos, entre eles, obras de autoras independentes

'Sentia uma angústia por ser mulher negra. Esta angústia foi motivada pela ausência de representatividade negra'


A bibliotecária Ketty Valêncio, que mora na zona norte de São Paulo, decidiu investir em um negócio e numa causa. Ela acaba de lançar a livraria virtual e itinerante Africanidades, especializada em autoras negras. Sua intenção é promover o protagonismo das mulheres negras na literatura mundial. Além de títulos de autoras conhecidas como Angela Davis, Alice Walker, Teresa Cárdena e Edwidge Danticat, a livraria tem obras de escritoras independentes, pouco conhecidas e/ou pouco acessadas.

“A ideia de criar a livraria veio da minha própria história de vida. Sentia uma angústia por ser uma mulher negra. Esta angústia foi motivada pela ausência de representatividade negra em todos os espaços de saberes que circulei, isso sem comentar a diminuição de pessoas afrodescendentes como estudantes no decorrer do tempo. Na escola, não aprendemos a literatura negra de homens ou mulheres. Na faculdade, também não. E a literatura reporta ainda mais a realidade que não aprendemos e colocamos a menina como protagonista da própria história ao ser uma criadora”, afirma Ketty, que também é pesquisadora pós-graduada em gênero e diversidade sexual, com um MBA em Bens Culturais: Cultura, Gestão e Economia.

Entre os quase 80 títulos disponíveis na loja, estão obras de Antonieta de Barros, Bell Hooks, Futhi Ntshingila, Jarid Arraes, Maria Firmina, Noémia de Sousa, Virgínia Bicudo, entre outras autoras. 

Por enquanto, a livraria divide as obras em 11 sessões: Ciências Sociais, feminismo, ficção, não-ficção, obras de referência, quadrinhos, poesia, religião, infanto-juvenil, biografias e artes, tudo voltado à cultura negra.

Para saber como e onde comprar, visite o site Africanidades.

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Da RBA)))

Ciência & Mulher: SBPC lança site para enaltecer o papel de mulheres cientistas

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A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC -, lança um novo portal de divulgação científica, o Ciência & Mulher, voltado para as conquistas e descobertas de mulheres das diversas áreas da ciência. O novo Ciência & Mulher.


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Quando abordamos algum tema sobre a importância do reconhecimento do papel da mulher e sua contribuição para sociedade brasileira, somos taxadas de feministas, mal amadas e mal resolvidas sexualmente. A reação, para alguns, pode até ser “compreensível”. Contudo, jamais poderá ser banalmente aceitável. Se o Mundo tem a face masculina que de fato tem, é porque os machos que historicamente o dominou, assim a cunhou. Não por competência ou segurança intelectual ou moral. Mas, pela necessidade cultural e doentia de subjugar as mulheres, condenando-as a desempenhar o papel de ser inferior, nos espaços públicos e privados. Isso tem nome: insegurança sexual e intelectual.

Marie Curie (1867 - 1934) - física e química polonesa, ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1903 e o Prêmio Nobel de Química de 1911, tornando-se a primeira pessoa a conquistar o Nobel duas vezes e em duas áreas diferentes. Ficou conhecida por suas contribuições sobre radioatividade e tornou-se a primeira mulher - e pessoa -, a conquistar o Nobel duas vezes e em duas áreas diferentes. Mas, quantas mulheres sabem disso? Quantas revistas ou publicações científicas divulgam esse feito? Quanto estudos foram escritos e publicados por homens cientistas tendo como base os seus trabalhos sem ao menos mencionar o seu nome? Provavelmente uma infinidade. 

Memória Verde

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Assim como nós, as árvores recordam.

Só que elas não se esquecem: vão formando anéis no tronco, e de anel em anel vão guardando sua memória.

Os anéis contam a história de cada árvore e delatam a sua idade, que em alguns casos chega a dois mil anos; contam que climas conheceu, que inundações e secas sofreu, e conservam as cicatrizes dos incêndios, das pragas e dos terremotos que a atacaram.

Em um 4 de dezembro, um estudioso no assunto, José Armando Boninsegna, recebeu dos alunos de uma escola argentina a melhor explicação possível:

- Os arbustos vão à escola e aprendem a escrever.

Onde escrevem?
- Na pança.

Como escrevem?
- Com anéis.

Isso dá para ler.

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Os Filhos dos Dias
Galeano

Ele só queria... Ver... Bichinhos

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Os cientistas não o levaram a sério.

Antonie van Leeuwenhoek não falava latim, não tinha estudos, e seus descobrimentos eram frutos da casualidade,

Antonie começou ensaiando combinações de lupas, para ver melhor a trama dos tecidos que vendia, e de lupa e lupa inventou o microscópio de quinhentas lentes capaz de ver, numa gota d'água, uma multidão de bichinhos que corriam a toda velocidade.

Esse mercador de tecidos descobriu, entre outras trivialidades, os glóbulos vermelhos, as bactérias, os espermatozoides, as leveduras, o ciclo vital das formigas, a vida sexual das pulgas e a anatomia dos aguilhões das abelhas.

Na mesma cidade, em Delft, haviam nascido, no mesmo mês do ano de 1.632, Antonie e Vermeer, o artista e pintor.

Vermeer perseguia as luzes que nas sombras se escondiam, e Antonie espiava os segredos de nossos mais diminutos parentes no reino deste mundo.

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Os Filhos dos Dias


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